Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, duas figuras marcantes na política brasileira, têm estilos de vida e escolhas pessoais que frequentemente refletem suas personalidades e visões de mundo. Uma curiosidade que intriga alguns brasileiros é o fato de Bolsonaro ter um histórico de apostas na Mega-Sena – incluindo vitórias modestas em bolões –, enquanto Lula raramente é associado a esse tipo de atividade.

Por que será que Lula não aposta na Mega-Sena como Bolsonaro?

Neste artigo, exploramos possíveis razões baseadas em suas trajetórias, declarações públicas e atitudes em relação ao dinheiro e à sorte.

Bolsonaro e a Mega-Sena: Um Hábito Revelado

Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, já mencionou publicamente seu gosto por jogos de loteria. Em 2023, por exemplo, ele revelou ter gasto mais de R$ 14 mil em apostas na Mega-Sena, enviando o dinheiro via Pix a um sobrinho que trabalha em uma lotérica em Eldorado (SP). Bolsonaro também ganhou R$ 6 mil em um bolão do PL em novembro de 2023, acertando a quadra, e até compartilhou seus números “da sorte” para a Mega da Virada daquele ano. Essas ações sugerem que ele vê as loterias como uma diversão ou, quem sabe, uma oportunidade eventual de lucro, alinhada a uma postura mais descontraída sobre o tema.

Lula e a Distância dos Jogos de Azar

Já Lula, atual presidente em 2025, nunca foi ligado a apostas na Mega-Sena ou outras loterias de forma recorrente. Uma pista sobre sua relação com jogos de azar veio em uma entrevista à Rádio Metrópole, da Bahia, em outubro de 2024, quando ele contou uma história de 1974. Na ocasião, Lula ganhou 13 pontos na loteria esportiva, mas, ao descobrir que 50 mil pessoas também haviam vencido, ficou desapontado com o prêmio pequeno e decidiu nunca mais apostar. Ele brincou que o episódio revelou um “lado avarento” que o incomodou, sugerindo uma rejeição pessoal a depender da sorte para enriquecer.

Diferenças de Personalidade e Filosofia

A relação de Lula e Bolsonaro com a Mega-Sena pode ser um reflexo de suas personalidades distintas. Bolsonaro, conhecido por um estilo mais impulsivo e popular, parece tratar as apostas como um passatempo casual, algo que combina com sua imagem de “homem comum” que gosta de futebol e churrasco. Lula, por outro lado, tem uma trajetória marcada pela luta sindical e uma visão mais pragmática do dinheiro, associando riqueza ao trabalho e à política social, não à sorte. Enquanto Bolsonaro já recebeu milhões em doações via Pix de apoiadores e gastou parte disso em jogos, Lula costuma enfatizar políticas públicas, como o Bolsa Família, para melhorar a vida das pessoas, em vez de confiar em ganhos individuais aleatórios.

Contexto Político e Imagem Pública

Outro fator pode ser a construção da imagem pública. Bolsonaro, mesmo após deixar a presidência, mantém uma base fiel que valoriza sua autenticidade – apostar na Mega-Sena e compartilhar isso reforça essa conexão com o eleitorado. Para Lula, cuja liderança é associada à esquerda e à defesa dos mais pobres, apostar em loterias poderia ser interpretado como incoerente com seu discurso de combate à desigualdade. Curiosamente, em 2019, Lula brincou que um bolão de R$ 120 milhões ganho por assessores do PT na Câmara era uma “reparação de Deus”, mas não há indícios de que ele próprio tenha participado ou incentivado o jogo.

Questão de Prioridades?

Em 2025, com a Mega-Sena acumulada e o país atento aos sorteios, Lula está mais focado em governar e enfrentar desafios como a regulamentação das bets (apostas esportivas online), que ele ameaçou banir se não houver controle sobre o vício e os gastos da população mais humilde. Essa postura contrasta com Bolsonaro, que, fora do governo, tem mais liberdade para se envolver em atividades pessoais como loterias. Talvez, para Lula, a “sorte” esteja em conquistar vitórias políticas, como sua volta ao Planalto, e não em acertar seis dezenas.

Conclusão

Lula não aposta na Mega-Sena como Bolsonaro por uma combinação de experiência pessoal, filosofia de vida e estratégia política. Enquanto Bolsonaro encara os jogos como um lazer ocasional – e já colheu pequenos frutos disso –, Lula parece ter abandonado essa prática há décadas, priorizando o trabalho e a coletividade sobre a sorte individual. Seja por convicção ou cálculo, a diferença entre os dois nesse aspecto é mais um capítulo na longa rivalidade que marca a política brasileira. E você, arriscaria um bilhete na Mega-Sena ou seguiria o exemplo de Lula?